Categoria: Resumos de Trabalhos

Cristiane Sá Roriz Fonteles, Pedro Henrique Moreira Lima, Thyciana Rodrigues Ribeiro

CATEGORIA: FÓRUM PROJETO DE PESQUISA PROFISSIONAL

RESUMO:

Cerca de 90% dos pacientes que possuem falência renal apresentam algum tipo de sintoma oral. O ceará apresenta um dos mais altos índices de transplantes renais pediátricos. Contudo, há uma certa carência de pesquisas que avaliem saúde oral nessa população. O objetivo do estudo é determinar e comparar alguns aspectos da saúde oral em pacientes pediátricos saudáveis, em hemodiálise e submetidos ao transplante renal em centros de referência no município de Fortaleza – CE. Trata-se de um estudo clínico multicêntrico observacional de corte transversal, quantitativo e analítico. A presente pesquisa será submetida ao comitê de ética em pesquisa da Universidade de Federal do Ceará (UFC). Irão compor a amostra um total de 140 pacientes com idade superior ? 4 anos e inferior a ? 21, divididos em 4 grupos de 35, sendo G1 (saudáveis), G2 (hemodiálise), G3 (6 meses pós-transplante) e G4 (12 meses após). Os pacientes serão advindos da Universidade Federal do Ceará (UFC), do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), Hospital Geral de Fortaleza (HGF), e Hospital São Carlos (HSC), que são centros de referência. Todos os pacientes passarão por assinatura dos termos de consentimento, anamnese e exame bucal (para hiperplasia gengival, presença de cálculo e exame dentário pelo ICDAS).Será coletada a saliva destes pacientes para determinar o fluxo salivar em repouso, mensuração de pH salivar, dosagem de proteínas e analíse das concentrações de Uréia, Creatinina, cálcio, fosfóro e magnésio. Os dados coletados serão tabulados e analisados por testes paramétricos ou não paramétricos, após testar-se a normalidade dos mesmos (p?0,05). Propõe-se com esse estudo obter uma melhor compreensão das necessidades odontológicas que acometem crianças com insuficiência/falência renal.

Palavras-chave: Nefropatias,saliva.

Antônio Sérgio Guimarães, Carlos Eduardo de Albuquerque Gomes, Flávio Fernandes Guimarães, Matilde Maria Pinheiro Cavalcante, Ruslana Catunda Resende Sousa

CATEGORIA: PAINEL RELATO DE CASO CLÍNICO E RELATO DE EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL

RESUMO:

A Hipermobilidade é um quadro clínico sistêmico que se caracteriza por um deslocamento excessivo de alguma estrutura articular, permitindo uma movimentação não fisiológica destas articulações. Quando esta condição é presenciada na musculatura que envolve a ATM, temos um posicionamento da cabeça da mandíbula ultrapassando o limite anterior articular (LAA). O presente trabalho tem como objetivo relatar o caso clínico de uma paciente do gênero feminino, H.O.B., 13 anos, que foi atendida no Centro de Especialidades Odontológicas (CEO -Centro, Fortaleza -Ce), na Clínica de DTM, queixando-se inicialmente de um episódio de travamento muscular ao abrir a boca, durante uma sessão prolongada de tratamento ortodôntico. Foram realizados anamnese, palpação, exame clínico intra e extra-oral, verificando-se aumento de volume na região correspondente à cabeça da mandíbula de ambos os lados, sugestivo de trespasse do LAA. Além disso, constatou-se uma abertura bucal de aproximadamente 48mm, valor acima dos 40mm, indicado como padrão de normalidade. Foram solicitados exames complementares radiográficos e junto aos achados clínicos foi diagnosticado uma desordem de origem apenas muscular, comprometendo a musculatura de suporte da ATM. Foi instituído de imediato uma Terapia Cognitivo Comportamental (TCC), com o objetivo de conscientizar a paciente sobre sua condição e atividade muscular. Exercícios fisioterápicos regulares foram prescritos, visando um maior controle da amplitude do movimento articular. Após o tratamento instituído, efeitos terapêuticos positivos foram percebidos pela paciente, ao retornar em 20 dias com melhoras significativas do seu quadro clínico. Para melhor controle e acompanhamento, sugeriu-se revisões periódicas trimestrais. 

Palavras-chave: Articulação Temporomandibular, ATM, Hipermobilidade articular, Disfunção Temporomandibular, DTM

Amanda Thayná Vasconcelos Maia, Anne Teresa Damasceno Costa, José Jeová Siebra Moreira Neto, José Tarciso Sindeaux Gurgel Neto, Lívia Rodrigues Cruz de Mesquita

CATEGORIA: FÓRUM REVISÃO DE LITERATURA ACADÊMICO

RESUMO:

O uso de protetores bucais e faciais é necessário para a prevenção de traumas durante a prática de esportes. O objetivo do estudo foi realizar uma revisão de literatura sobre a prevalência do uso de dispositivos de proteção bucais e faciais e a sua relação com o trauma bucodentário. Os artigos utilizados foram pesquisados nas bases de dados PubMed e ScienceDirect nos idiomas inglês e português com os descritores “dentistry”, “sports medicine”, “mouthguard” e “injuries”. Foram encontrados 169 artigos e 12 foram selecionados para o estudo, sendo excluídos documentos de recomendação, revisões de literatura, artigos que não relacionassem o uso do protetor bucal e o trauma dentário ou facial e materiais que não estivessem disponíveis integralmente online. Os estudos investigaram o uso de protetores bucais e faciais por praticantes de handball, softball, basquete, Muay Thai, snowboard, esqui, patinação, futebol e hóquei no gelo. A prevalência de uso dos protetores variou de 1,9% a 73% durante os treinos e de 9,34% a 90% durante a prática profissional. Em relação ao trauma bucodentário,2,2% a 34,5% dos atletas relataram já ter sofrido algum dano, sendo a menor incidência nos praticantes de esqui e snowboard, e a maior, nos praticantes de futebol. Os esportistas que não usavam protetores bucais, relatavam como motivos o desconforto para falar e respirar e a falta de estética dos dispositivos. A prevalência de traumatismos bucodentários foi menor em atletas que utilizavam protetores, o que revela a importância da prevenção em esportes por parte de treinadores, comissões organizadoras e cirurgiões-dentistas, além do conhecimento sobre primeiros-socorros, possibilidades de tratamento e locais de atendimento pelos profissionais que atuam diretamente com o atleta.

Palavras-chave: odontologia do esporte, protetores bucais, trauma bucodentário

Andrea Silvia Walter de Aguiar, Edson Luiz Cetira Filho, Fábio Wildson Gurgel Costa, Manoel de Jesus Rodrigues Mello, Saulo Ellery Santos

CATEGORIA: FÓRUM CIENTÍFICO PROFISSIONAL

RESUMO:

As fraturas de face envolvendo, principalmente complexo zigomático-maxilar e/ou osso mandibular, estão intrinsecamente associadas com alterações neurológicas periféricas, em seu três niveis, segundo a classificação de Colombini em 1986. O presente trabalho objetivou avaliar lesões nervosas traumáticas periféricas decorrentes de trauma bucomaxilofacial em um hospital público de referência ao trauma, em Fortaleza, Ceará. Foi realizado um estudo observacional retrospectivo com 59 pacientes vítimas de trauma de face no ano de 2015, tendo como principais etiologias a violência física interpessoal e os acidentes automobilísticos. Foram realizados testes neurossensoriais quantitativos nas regiões de terço médio da face e mandibular, com utilização de monofilamentos de Semmes Weinstein em regiões de nervos infraorbitário e mentual. Dos 59 pacientes, 62,7% sofreram acidentes automobilísticos (principalmente acidentes motociclísticos). Fraturas mandibulares foram observadas em 27 pacientes, enquanto que 32 pacientes apresentavam fraturas em terço médio de face. As alterações neurossensoriais variaram de “sensibilidade normal” com grafestesia conservada, a “perda de sensação profunda”, grafestesia e tato leve perdidos, e cinestesia pode estar presente, em que esta última ocorreu com maior frequência em fraturas mandibulares. Dessa forma, os traumas de face evidenciaram alterações neurossensoriais significativas, sugerindo-se o uso de monofilamentos de silicone para diagnóstico precoce e acompanhamento clínico de alterações sensoriais em traumatologia bucomaxilofacial, sendo estes uma excelente ferramenta para tal fim.

Palavras-chave: Traumatismos Faciais, Fibras Nervosas, Traumatismos dos Nervos Periféricos.

Ana Paula Negreiros Nunes Alves, Assis Filipe Albuquerque, Filipe Nobre Chaves, Karuza Maria Alves Pereira, Mário Rogério Lima Mota, Pedro Henrique Chaves Isaias

CATEGORIA: FÓRUM CASO CLÍNICO PROFISSIONAL

Resumo:

Na primeira infância, doenças orais em tecidos mole, como pérolas de Epstein, candidíase, língua geográfica, lesões traumáticas e gengivoestomatite herpética aguda primária são comuns. O hemangioma oral (HO) é uma das lesões vasculares mais incidentes em crianças, caracterizado por uma neoplasia benigna contendo sangue em seu interior, com coloração vermelhoarroxeada e geralmente assintomático. Entretanto, sua localização em lábio é bastante incomum. Este trabalho objetivou relatar um caso de hemangioma em um sítio incomum, de uma criança na primeira infância. Paciente do sexo masculino, 1 ano e 9 meses, compareceu ao Ambulatório de Estomatologia da UFC-Sobral sendo evidenciada, ao exame físico extraoral, a presença de um aumento de volume submucoso localizado em lábio superior esquerdo, com coloração semelhante à mucosa, superfície lisa, consistência mole e tempo de evolução relatado de 1 ano. O responsável destacou histórico anterior de trauma em região perioral. A hipótese diagnóstica elencada foi de lesão de glândula salivar menor. Após 1 ano de acompanhamento, houve aumento do volume da lesão, optando-se por realizar uma biópsia excisional em ambiente hospitalar. Ao exame histopatológico, observou-se um hemangioma predominantemente capilar com áreas cavernosas. No pós-operatório de 1 ano, ainda foi evidenciado aumento de volume incipiente na área cirúrgica, todavia, de pequenas dimensões. Embora HO sejam assintomáticos, complicações como ulcerações, infecções secundárias, ruptura e hemorragia grave podem ocorrer, com risco de óbito. Assim, ressalta-se a importância dos exames histopatológicos para a conclusão diagnóstica de casos cuja apresentação clínica não seja conclusiva.

Palavras-chave: Hemangioma, lesão vascular, lábio

Evelyn Iara Ferreira Melo Dias, João Victor Morais de Lima, Juliana de De Souza Tavares, Mariana Ramalho de Farias

CATEGORIA: PAINEL REVISÃO DE LITERATURA ACADÊMICO

RESUMO:

Introdução:A fissura labiopalatina é uma abertura na região do lábio ou palato, ocasionada pelo não fechamento dessas estruturas, que ocorre entre a quarta e a oitava semana de gestação. A etiologia ainda é desconhecida, no entanto, existem evidências que fatores genéticos e ambientais atuam em associação.Objetivo:Realizar revisão de literatura sobre a epidemiologia das fissuras orofaciais no Brasil. Metodologia:O trabalho trata-se de uma revisão bibliográfica, realizada nas bases de dados:Scielo, Medline e Lilacs.Utilizou-se os descritores “cleftpalate”, “epidemiology” e “prevalence”, encontrando 14 artigos.Como critério de inclusão, considerou-se apenas textos completos, nos idiomas inglês e português, entre os anos de 2007 a 2017.Totalizando 6 artigos científicos. Resultados e Discussão:Os artigos encontrados analisaram a fissura orofacial em diferentes regiões (Nordeste, Sul e Sudeste) do Brasil. A maioria (n=4, 67%) avaliaram pacientes atendidos em serviços de referência. Os resultados apresentaram uma prevalência média em torno de 0,36 por 1000 nascidos vivos, com predominância do sexo masculino. A fissura labiopalatina foi a fissura orofacial mais frequente. Nos estudos analisados, não foi encontrada associação estatisticamente significativa entre a ocorrência da fissura e aspectos sociais. Em relação à atenção aos pacientes fissurados, observou-se em um dos estudos que apenas 18,91% dos pacientes teriam recebido acesso à cirurgia corretiva pelo Sistema Único de Saúde. Considerações Finais:Apesar de não ser o agravo mais prevalente na Odontologia, é necessário o desenvolvimento de mais estudos, especialmente levantamentos epidemiológicos, afim de subsidiar políticas públicas e ações mais adequadas no sistema de saúde.

Palavras-chave: cleftpalate, epidemiology, prevalence

Karine Cestaro Mesquita, Lívia Moreira Caetano Coelho, Monalise Cunha Vasconcelos, Thinali Sousa Dantas

CATEGORIA: PAINEL REVISÃO DE LITERATURA ACADÊMICO

RESUMO:

A insuficiência real crônica é considerada uma lesão e perda progressiva ou/e irreversível das funções dos rins, e é uma preocupação para a saúde pública devida o alto custo de tratamento. Pacientes que sofrem com essa complicação têm sua rotina alterada e requer atenção diferenciada. Entretanto, é necessário que, os profissionais da Odontologia busquem e desenvolvam o seu conhecimento técnico e científico para que consigam oferecer um tratamento individualizado e satisfatório a esses pacientes. Com o objetivo de discorrer sobre esses pacientes e suas complicações em um tratamento odontológico foi realizada uma revisão de literatura por meio dos bancos de dados Pubmed com os descritores em inglês “Insuficiência Renal Crônica”, “Tratamento Odontológico”, restringindo trabalhos dos últimos 10 anos, realizados em humanos. Foram encontrados 69 trabalhos. Os trabalhos foram escolhidos de acordo com os seguintes critérios: avaliação dos títulos publicados e os artigos que sugeriam afinidade com o tema desta revisão. Depois do estudo dos resumos, foram analisados os textos completos dos artigos que preencheram os objetivos desta se somaram 8 trabalhos. Os principais cuidados que o cirurgião-dentista deve ter anterior e durante o tratamento odontológico é uma anamnese completa conhecendo todas as comorbidades do paciente, medicações em uso e suas consequências para o tratamento, cuidados com a hemostasia e infecção em procedimentos cruentos e certificar que o paciente tenha os focos de infecções orais debelados para um possível transplante renal. É importante manter uma comunicação com o médico do paciente para possíveis modificações no tratamento, isso para proporcionar um atendimento odontológico satisfatório visando sempre à melhora da qualidade de vida do paciente.

Palavras-chave: Insuficiência Renal Crônica, Tratamento Odontológico

Alan Vieira Costa de Sousa, Ana Ericka de Araujo Mouta, André Mattos Brito de Souza, Bruno Rocha da Silva, Marília Carolina Paiva Florêncio, Natalia Morais de Andrade

CATEGORIA: PAINEL REVISÃO DE LITERATURA ACADÊMICO

RESUMO:

As doenças periodontais (DPs) são lesões inflamatórias que acometem os tecidos de suporte do dente. São consideradas comuns na cavidade oral, as quais acometem cerca de 40-60% da população mundial. Muitos estudos reforçam o aspecto infeccioso na etiologia da doença. Contudo, pesquisas recentes enfatizam a contribuição dos aspectos genéticos que tornam o indivíduo mais susceptível ao desenvolvimento das DPs. O objetivo do presente trabalho foi realizar uma revisão literária sobre a influência dos aspectos genéticos sobre a etiopatogênese das doenças periodontais. Foram pesquisados artigos científicos publicados na base de dados Pubmed com os descritores “genetic polimorphism” AND “periodontal disease”, no idioma Inglês, publicados nos últimos cinco anos e gratuitos, obtendo-se um total de 88 artigos. Destes, 37 artigos foram excluídos por se tratarem de revisões de literatura integrativas ou relatos de caso. Pôde-se constatar que o fator infeccioso atua apenas como iniciador do processo, no qual a extensão e gravidade deva-se a causas diferentes, como o polimorfismo de genes causados pelo tabagismo, diabetes melittus, ou mudança na sequência gênica das citocinas produzidas por células de defesa, como IL-1, IL-10, TNF-?, entre outras. Além disso, o polimorfismo de Metaloproteinases de Matriz pode estar diretamente associado à progressão da doença. Assim, evidencia-se a relação entre o aspecto genético e a instalação, progressão e gravidade da DP. Dessa forma, o cirurgião-dentista deve ter conhecimento desses aspectos visando adequar o cuidado e o tratamento e das DPs.

Palavras-chave: “genetic polimorphism” and “periodontal disease”

Cristiane Sá Roriz Fonteles, Gabriella Melo Gontijo, Juliana Ximenes Damasceno, Nicolas Albuquerque de Matos, Rafaela Fabrício de Freitas, Thyciana Rodrigues Ribeiro

CATEGORIA: FÓRUM PROJETO DE PESQUISA ACADÊMICO

RESUMO;

A Microcefalia é uma condição neurológica rara em que a cabeça e o cérebro da criança são significantemente menores quando comparados aos de outras crianças da mesma idade e sexo. Normalmente é diagnosticada no início da vida, ocorre durante a gestação ou após o nascimento e influencia o desenvolvimento mental, auditivo e visual da criança. Os estudos apontam a associação do vírus da Zika com o aumento significativo de crianças apresentando microcefalia. O objetivo desse trabalho será determinar o perfil proteico salivar em crianças com microcefalia causada pelo vírus da Zika. A amostra será composta por 15 crianças com microcefalia (grupo experimental) e 15 crianças sadias (grupo controle). Após anamnese e coleta de dados sobre características orais, amostras de saliva total serão coletadas de todos os participantes, sendo mensurado inicialmente o fluxo salivar. Em seguida, as amostras serão centrifugadas, o sobrenadante retirado e armazenado a -80oC até análise. Concentração total de proteínas será determinada pelo Método do Ácido Bicinconínico (BCA). Análise proteômica salivar será realizada por meio de eletroforese bidimensional, com as massas moleculares e pontos isoelétricos verificados por meio dos bancos de dados previamente estabelecidos. Após obtenção dos resultados, a análise estatística será realizada por meio dos testes t de student e ANOVA para dados que se encaixarem em uma curva de normalidade e através dos testes de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis para dados que não obedecerem a uma distribuição normal. Para relações estatísticas serão utilizados o teste exato de Fisher e quiquadrado.

Palavras-chave: Microcefalia, Zika, Saliva.

Alan Vieira Costa de Sousa, Ana Ericka de Araújo Mouta, André Mattos Brito de Souza, Pedro Misael Diógenes de Aquino, Sanny Ingrid Soares Batista

CATEGORIA: PAINEL REVISÃO DE LITERATURA ACADÊMICO

RESUMO:

A adesão à dentina por materiais restauradores é um desafio complexo na clínica odontológica, devido a sensibilidade da técnica e capacidade de degradação modulada por enzimas endógenas. Riboflavina (RF) é um dos biomodificadores que estão sendo testados na odontologia atual. Trabalhos mostram resultados promissores, onde foi verificado a capacidade inibitória de enzimas endógenas, menores taxas de infiltração na interface de união e capacidade de preservação física do colágeno dentinário. OBJETIVO: realizar uma revisão de literatura com artigos que estabeleceram o uso de RF como biomodificador em dentina humana. MATERIAIS E MÉTODOS: uma busca eletrônica foi conduzida no Pubmed; na língua inglesa; sem limite de data; com a combinação dos termos: “dentin”; “collagen”; “riboflavin”. Foram encontrados 16 artigos, onde todos foram utilizados para realização do presente trabalho. RESULTADOS: observamos comparações de concentração de riboflavina (0,1% e 1,0%), utilização em dentina desmineralizada e não desmineralizada, aplicabilidade em dentina radicular e coronária e fotoativação por ultravioleta e luz azul visível. Os principais critérios avaliados foram: características físicas da trama de colágeno, inibição de metaloproteinases, nanoinfiltração na camada hibrida, resistência de união e módulo de elasticidade. Concentração de 0,1% apresentou melhores resultados. CONSIDERAÇÕES FINAIS: a riboflavina mostrou resultados significantes no que tange a adesão de dentina previamente a aplicação de materiais restauradores, apresentando um consenso nos resultados entre os respectivos trabalhos sobre sua atividade positiva na clínica odontológica. Estudos com durações mais expressivas se fazem importantes para garantir a capacidade desse biomodificador a longo prazo.

Palavras-chave: dentin, collagen, riboflavin