Antonio Ernando Carlos Ferreira Junior, Karine Cestaro Mesquita, Lívia Moreira Caetano Coelho, Monalise Cunha Vasconcelos, Thinali Sousa Dantas
CATEGORIA: PAINEL REVISÃO DE LITERATURA ACADÊMICO
Resumo:
A mucosite oral (MO) é a mais severa complicação não hematológica da oncologia, ocorrendo em pacientes tratados com quimioterapia (QT) e radioterapia (RT) na região da cabeça e pescoço. Caracteriza-se por eritema e/ou ulcerações dolorosas que interferem no estado nutricional e qualidade de vida, podendo limitar a terapia oncológica. A L-glutamina é um aminoácido não essencial aplicada na medicina naturopática, postulado que, no paciente crítico se torna um aminoácido essencial para reparo celular, principalmente, em estados de hipercatabolismo,existindo balanço nitrogenado negativo, proteólise e imunodeficiências.O objetivo do presente estudo foi avaliar, a partir de uma revisão de literatura, a relação entre a glutamina na prevenção e tratamento da MO. A pesquisa foi realizada através de busca na base PubMed, empregando os descritores: “Glutamine” e “Mucositis” em combinação. Foram incluídos estudos observacionais e ensaios clínicos, excluindo estudos laboratoriais, dissertações e artigos não relacionados com o tema. Foram selecionados 8 artigos publicados nos últimos 10 anos, em humanos, sendo escolhidos de acordo com os títulos e resumos. Os achados dos estudos indicaram que a glutamina oral ou intravenosa reduz significativamente o risco de MO induzida por RT em paciente com câncer de cabeça e pescoço e esôfago. A maioria dos estudos demonstrou eficácia favorável da glutamina oral, iniciada 0-7 dias antes da quimioterapia e/ou radiação, diminuindo a duração e gravidade da MO. Estudos mais amplos, controlados, são necessários para que seja estabelecida uma dosagem segura de utilização do aminoácido e para apoiar a descoberta, objetivando uma integração e abordagem multidisciplinar que possam melhorar o resultado da terapia do câncer e da qualidade de vida.
Palavras-chave: Mucosite oral, Glutamina, Neoplasias