Amanda Pinheiro Leitão Matos, Caroline Rodrigues da Silva, Clarissa Pessoa Fernandes, Everton Cavalcante da Silva, Felipe Herbert de Oliveira Mendes, Iury da Silva Ximenes
CATEGORIA: FÓRUM REVISÃO DE LITERATURA ACADÊMICO
RESUMO:
A Endocardite Infecciosa (EI) é uma condição pouco comum que consiste na alteração inflamatória exudativa e proliferativa do endocárdio. A bacteremia pode ser causa da EI, através de procedimentos odontológicos cruentos e durante procedimentos de rotina, como escovação dentária. Desde 1955, o uso de antibióticos de maneira profilática prevenindo bacteremia é recomendado pela American Heart Association (AHA) para evitar a EI. O presente trabalho objetiva realizar uma revisão de literatura sobre o uso de antibióticos na Odontologia para prevenção de EI em pacientes cardiopatas, de acordo com diversas diretrizes existentes. Realizou-se uma busca nas bases de dados e bibliotecas virtuais PubMed e LILACS com as palavras chaves infective endocarditis, mouth e antibiotic prophylaxis. Destacam-se 4 diretrizes, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC), AHA, e a britânica do National Institute for Health and Clinical Excellence (NICE). Os pacientes se classificam de acordo ao risco para EI em: baixo risco (pacientes revascularizados), médio risco (valvulopatias reumáticas) e alto risco (válvulas protéticas e episódios prévios de endocardite infecciosa). Atualmente, a diretriz da NICE não indica profilaxia antibiótica, a menos que seja necessário tratar suspeita de infecção no local do procedimento. A AHA e ESC indicam profilaxia antibiótica para pacientes de alto risco, e, apenas a SBC a indica para pacientes de médio e alto risco. O antibiótico escolhido para todas é amoxicilina 2g para adultos e 50mg/kg para crianças 1 hora antes do procedimento. As divergências apresentadas entre as diversas diretrizes mostra quão controverso é esse tema, com uma tendência na redução do uso de profilaxia antibiótica, não observada, apenas na SBC.
Palavras-chave: endocardite infeciosa, profilaxia antibiótica e diretrizes